domingo, 23 de outubro de 2011

Vai ter sempre algo por temer

Assim começa a ter medo,
Vai ter sempre algo por temer

Estamos no tempo das conspirações,
Nada já poderemos confiar,
Tudo o que separa, não volta a juntar
Terminou o tempo das reconciliações

As amizades já têm tempo contado,
Amanhã a pessoa amiga já nos abandona
Redimir o mais depressa possível deste pesadelo
O mar de rosas está consumado

João Mendes

sábado, 8 de outubro de 2011

O totó vai acabar por brilhar

Hoje tento compreender,
Os erros que tanto refleti
Observo a cidade daqueles,
Que elas tanto se iludem para apadecer

Não vivemos no mundo de romances
Tudo o que te faz bater,
É a ilusão que te cega
Fazer de tudo para ter

Adoraste enrolar com a quantidade
Mas não encontraste a qualidade
Fizeste de tudo para ter essa fama
Agora colhe os frutos que tanto semeaste

Não me sinto infeliz,
De fazeres a tua escolha
A tua sorte vai cair do ar
O totó que marcaste com um risco
Vai acabar por brilhar

João Mendes

domingo, 2 de outubro de 2011

Apertado por 2 lados

Exaltai as vossas fraquezas
Apertado por dois lados
Será que escutar é pactuar?
Então estarei algemado pelo predador

Recíproco nas palavras,
O pensamento recai na podridão
Exuberante o aborrecimento
Raro é ter algo que alegre

Laço negro como o mundo
Enredado num conjunto
Em decadência do espiríto
Clareza das escolhas ruins

Assassino é aquele que mata,
Aquele que odeia não tem amor,
Fecha os olhos até ao dia seguinte,
Nada no momento tem virtudes

João Mendes