quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Difícil eles respeitarem e amarem

Palavras apagadas,
Ouvidos à solta
Sussurro infinito,
Rumores à nossa volta

Fácil falar de amor
Difícil eles respeitarem e amarem
Fortes quem sente por dentro,
Fracos quem mede pela força

Escritas as nossas memórias
Não amam a quem merece,
À deriva eu vivo
Ao meio da loucura eu sobrevivo

João Mendes

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O amor está consumado

É assim tão belo e lindo?
Desafio-te sim, amor
Deixar de estragar com traições

Isolado num cubo
É fácil voltar amar?
É fácil confiar em alguém?
Como traído e enganado
O que faz sentir ridículo

Ironizo o destino de cada um
Penso em como ser alguém
Não penso nem amo quem me traíu
Penso em preencher esse vazio

O amor está consumado
Irrelevante ter alguém por curto tempo
O espaço quebra a paixão
Tudo o que era único deixou de fazer sentido

João Mendes

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Engulo em seco a minha dor emocional

Num minuto escrevi
As palavras ruins vindas de mim
Em uma delas deixei
Cair uma lágrima vindo do vazio

Noites claras de diversão,
Tem sido o vácuo do meu coração
Deixa-me de rastos viver assim
É desta forma que eu esqueço o passado?

A cicatriz não pára de aumentar
Engulo em seco a minha dor emocional
É difícil ver todo o meu amor
Ser desvalorizado e tratado como lixo

Perdi o meu tempo, a minha vida
Andar com uma prostituta a desfilar,
O tudo de eu ter um sorriso na minha face
É o esforço de esconder a putrefacção profunda

João Mendes

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Isto tudo o que escondo

No meio das pessoas
Quase ninguém me presta atenção
Será pelo meu aspecto, por eu ser feio?
Custa me ser aviltado

A emoção já me doí por dentro
Já é difícil controlar o sentimento
Preciso de erguer a minha confiança
Preciso que alguém faça a diferença

Dias que eu pareço forte,
Sinto um vazio enorme de arrasar
Insuportável esta monotomia
Contagiante esta dor emocional

Sorriso rasgado,
Coração ferido, em chagas
Isto tudo o que escondo,
Para ninguém ter incómodo ao meu sofrimento

João Mendes

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Será inveja ou obsessão?

Sigo em próprios passos
Falam do meu nome
Perseguem a minha sombra
Agem como predadores

Mania das perseguições ou realismo?
Pressentem as minhas fraquezas,
Um casal teimam presenciar a minha vida
Será inveja ou obsessão?

A mulher age como uma víbora,
O homem visto como seu servo,
Eu estou acorrentado em cada lado
Quero ser livre, uma vida sem problemas

Traição converteu para o desprezo,
Uma pessoa dessas ama alguém?
Distância é o meu lema
O diálogo do meu ser é seu tema

João Mendes