segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Imagem Atenuada em demasia

A imagem atenuada em demasia,
O que te faz explicar isto?
O que te vai trazer à tua mente vazia
Não enganas pelo teu ser

Falsidade e beleza, multiplica-se,
O que é belo, apenas o rótulo
De um olhar inocente, está uma vibora em mansidão
Hoje o viver complica-se

João Mendes

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vicio Constante

Caminhos invertidos
O vicio constante,
De pegar num cigarro
Apaga-lo e esmaga-lo num cinzeiro

A saúde fraca, eleva
O risco da minha queda
Quero largar os "bichos" da noite
Voltar a ser o menino inocente

Fraca, a minha voz rouca
A mente com um vazio enorme,
Não sei o que escrever,
A poesia ficou incompleta

Vicio da noite,
Vicio de saborear o fruto proibido
Tanto que deixei levar-me por isto,
Irei sofrer com isto tudo

João Mendes

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Outono Regressa

Uma pinga,
Cai em vão
Os sonhos são sonhos
A realidade é dura
A chuva cai,
O vento sopra,
Mas não sei de onde vai,
Nem de onde vem,
Assim o Outono regressa,
Assim o meu acordar,
Torna-se tardio e frio

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Perfume da Morte

Um odor à deriva,
Nos deixa a rastejar
Algo fora do normal
É o perfume da morte

Perfume que envenena
Perfume que descontrola
O meu sub consciente tão fraco,
Tão fraco bate o meu coração

Enfeitiçado, esqueço da minha pessoa
Invadido pelo sonífero,
Fecho os olhos lentamente,
Caído pelo relento, eu adormeço

Assim, espírito adormecido,
Renovado as memórias
Dominado pelo sono da morte.

João Mendes

domingo, 14 de outubro de 2012

Razão Que Eu Estou Vivo

Qualquer imagem, qualquer letra,
Tem a sua arte de expressar,
Se não vivo pela arte,
Então foda-se viverei por quem?

Amar Deus, amar familia
A única razão que eu estou vivo
O dia passa, as angústias fortalecem
O meu espírito em decadência

Se ninguém olhar por alguém,
Quem olhará por vós?

João Mendes

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A ser esquecido

Mal assim me sentei,
Senti como uma formiga
O mal de ser amado,
É não puder amar

O que eu gosto, ninguém sabe
Própria nem ela pensa que eu me odeio
Amores errados, estou farto
Por vezes deveria tentar o suícidio

Tão estúpido, tão ridículo
Estou a ser esquecido a cada dia que passa
Em cada minuto do tempo,
Sinto-me péssimo por não ser útil

Tudo se reencontra,
Ela será feliz com outro
Da minha ausência de amor
Ficarei sozinho até a morte chegar

João Mendes

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A voz do vento

No monte sussuro,
As árvores espreitam
O vento arrasta as palavras
O silêncio escuta a conversa

Os predadores perseguem,
O som das presas
Agem misteriosamente, atacam ferozmente
Sem tempo para reagir

Uma lágrima de um sofrimento mudo
Escondido por detrás das aldeias
Uma voz que se ouve do além
Mas algo não se sabe de onde vem

Deitado sobre a moita adormecida
Oiço a voz do vento,
Vejo as estrelas cintilarem sobre o manto negro
A lua assim me ilumina a face

João Mendes

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Prefiro a solidão...

Cansado de traições
Agora não consigo amar de novo
Não sinto capaz de fazer algo
Passo noites a reflectir

Quero uma pessoa que me ame
Da mesma forma que a ame
Todas as miúdas têm fama de prostituição
Mas de forma exorbitante!

De tanta porcaria,
Prefiro a solidão...
Tantas vezes eu caí
Ergui sozinho para voltar a lutar

Acordo angustiado,
Questiono o sentimento de culpa
Se fiz algum mal, se devia ter feito melhor
É mais um sinal do mundo terminal

João Mendes

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Corpos sem Alma

Perdeste uma pessoa,
Sentes que perdeste a tua vida,
Agora que estás sozinho,
Agora começa a nova era

O sofrimento custa a suportar,
A ausência custa a ingerir
Falta de dizer algo, falta de uma voz
Agora compreendo como perder alguém

Todos os corpos sem alma,
São todos como bonecos,
Brancos, imóveis e duros
É como o vazio do meu sentimento

A lágrima escorre pela face,
O olhar fixa no escuro
Sente-se apertado por dentro
Já não sei como é de verdade, a grande felicidade

João Mendes

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Saudades de ser pequeno

Vivemos na era de barro
Como anda, cai logo
Limitamos a recordar,
O que marcou na minha memória

Saudades de ser pequeno,
Dos percursos, através dos caminhos de ferro,
De não preocupar com ninguém
Era o tempo da inocência

Na altura foi dos quais,
Se divertia bastante
Na minha pré-adolescência era a ignorância
Actualmente é a preversidade

É difícil viver assim,
Viver em interesses, em traições,
Os mais fiéis ficam para trás,
Os enganadores, todos os amam

João Mendes 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Não ter pressa pelo dia de amanhã

Numa página,
Eu escrevi
Os eventos da vida,
Que tanto questionei

Tanto que desejei já aconteceu
Agora que pare,
É impossível que possa
Poder voltar atrás

As estrelas cintilantes caem,
O que está no alto,
Cai bem depressa,
Isto é o preço da fama

Não ter pressa pelo dia de amanhã,
Um passo para ter uma vida bem sucedida
Não tenho uma vida melhor,
Mas aproveito os melhores momentos da vida

João Mendes

sábado, 9 de junho de 2012

Passei a vida, a preocupar-me

Em tudo o que pedi,
Acabei por perder
Na altura queria que alguém me amasse
Agora, amo a quem me valoriza

Pelas ruas, eu vagueio
Pela cidade, eu encontro
Almas sem chama
Desconfiança, críticas e medo

Tudo o que é bonito, é falso
É por fora, mas por dentro é podre
Passei a vida, a preocupar-me
Com diferentes coisas irrelevantes

Agora o amor não é infinito,
Hoje amamos, amanhã odiamos
A pessoa perfeita não existe,
Mas o erro ajuda a aperfeiçoar

João Mendes

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Mão Criminosa

Insegura a minha carne,
Marcada com punho cerrado
Vítima em hora errada
Consegui escapar a todo o custo

Revoltante a impunidade
Da mão criminosa,
Gera vingança, gera violência,
É arriscado que chegue a hora da morte

Estilhaça o vidro na mão
Busca do valor furtado,
Ameaçam para intimidar,
Mas tudo o que fizeram, pôr me em fúria

Cada hora, cada minuto,
O pensamento ronda o acontecimento
Um dia se pega em armas,
Noutro dia morrerá pela sua própria arma

João Mendes

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A diferença marcou o regresso, da perdida felicidade

O desvanecer do passado
É a força do sucesso do presente
Hoje peço para não recordar
O que trouxe padecimento no rosto

Libertar!...
A própria alma,
A diferença marcou o regresso
Da perdida felicidade que trouxe no rosto

Há quem conte comigo
Há quem me deia valor
Hoje agradeço por voltar a ser,
Uma pessoa com emoções e alegrias

João Mendes

domingo, 8 de abril de 2012

Sempre pensou que era mais fácil

Sempre pensou que era mais fácil,
Tudo o que dissesse era concretizado
Abdica dos desejos para concluir uma narrativa
É mais fácil olhar para o reflexo

O incentivo perante um mártir
Para voltar a sorrir
Basta um exemplo como superou
Na altura que também o era

As pessoas gostam,
De frases rudes
Como eles se identificam
Cruéis, trazer a razão do sofrimento

Tudo deixou de fazer sentido
Tudo o que era amor, extinguiu
Vive no mundo não para viver
Vive no mundo para sobreviver

João Mendes

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Interesses

Interesses dos quais,
Passarem-me a ignorar
Pedirem favores para os seus sabores
E o meu coração também não tem valor?
Assim apunhalo-me no pulso
Com a raiva toda,
Interesses
Dos quais, deixa-me revoltado

João Mendes

sábado, 24 de março de 2012

Noite Vazia

Contar do silêncio
O eco espalhou-se
Numa noite vazia,
O tempo amargou

A luz do candeeiro tão só,
As árvores abanam com as suas folhas
No céu, um luar tão intenso
Mas algo tão frio e gélido

Os vadios andam pela avenida
Rastejar pelos cantos,
Oh noite, sinto um vácuo em mim
Esvaziaste-me as minhas emoções

Assim se sente,
Esperar pelo amanhecer,
Amedrontado pela falta de algo
O olhar esconde-se atrás das palpebras

João Mendes 

quinta-feira, 22 de março de 2012

O tempo da fuga

Vielas escondidas
Luar reflecte no solo
Vento sussurra aos ouvidos
Procuro respostas para as minhas dúvidas

O tempo da fuga
Despertou no coração
Andar pelos campos, para longe
Escapar da maldição

Prometem e procuram amor
Mas acabam por ser semelhantes
Porque procuram amor puro?
Se próprio bateu à porta e não abriram

O caminho que se segue
O olhar que procura
Crescemos para andar sós,
Ninguém quer ser essa companhia

João Mendes

domingo, 18 de março de 2012

Sigo uma estrada perdida e deserta

Deitado numa cama fria
Meu corpo treme,
Reflectir os meus medos
É difícil, e exaustante,
Saber que todo o mundo me odeia

Julgado por não ser
Não tentarem ver o que eu sou
O meu lugar é infernizante
Sigo uma estrada perdida e deserta

Desejo ardente
Poder amar, libertar do rancor
O meu sorriso pode ser belo ou irritante
Mas por trás é um mártir indesejado

À deriva eu caio, eu me levanto
Expresso através das letras
Com certeza eu sou livre
Transformar a vida, escrever nas páginas

João Mendes

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Difícil eles respeitarem e amarem

Palavras apagadas,
Ouvidos à solta
Sussurro infinito,
Rumores à nossa volta

Fácil falar de amor
Difícil eles respeitarem e amarem
Fortes quem sente por dentro,
Fracos quem mede pela força

Escritas as nossas memórias
Não amam a quem merece,
À deriva eu vivo
Ao meio da loucura eu sobrevivo

João Mendes

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O amor está consumado

É assim tão belo e lindo?
Desafio-te sim, amor
Deixar de estragar com traições

Isolado num cubo
É fácil voltar amar?
É fácil confiar em alguém?
Como traído e enganado
O que faz sentir ridículo

Ironizo o destino de cada um
Penso em como ser alguém
Não penso nem amo quem me traíu
Penso em preencher esse vazio

O amor está consumado
Irrelevante ter alguém por curto tempo
O espaço quebra a paixão
Tudo o que era único deixou de fazer sentido

João Mendes

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Engulo em seco a minha dor emocional

Num minuto escrevi
As palavras ruins vindas de mim
Em uma delas deixei
Cair uma lágrima vindo do vazio

Noites claras de diversão,
Tem sido o vácuo do meu coração
Deixa-me de rastos viver assim
É desta forma que eu esqueço o passado?

A cicatriz não pára de aumentar
Engulo em seco a minha dor emocional
É difícil ver todo o meu amor
Ser desvalorizado e tratado como lixo

Perdi o meu tempo, a minha vida
Andar com uma prostituta a desfilar,
O tudo de eu ter um sorriso na minha face
É o esforço de esconder a putrefacção profunda

João Mendes

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Isto tudo o que escondo

No meio das pessoas
Quase ninguém me presta atenção
Será pelo meu aspecto, por eu ser feio?
Custa me ser aviltado

A emoção já me doí por dentro
Já é difícil controlar o sentimento
Preciso de erguer a minha confiança
Preciso que alguém faça a diferença

Dias que eu pareço forte,
Sinto um vazio enorme de arrasar
Insuportável esta monotomia
Contagiante esta dor emocional

Sorriso rasgado,
Coração ferido, em chagas
Isto tudo o que escondo,
Para ninguém ter incómodo ao meu sofrimento

João Mendes

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Será inveja ou obsessão?

Sigo em próprios passos
Falam do meu nome
Perseguem a minha sombra
Agem como predadores

Mania das perseguições ou realismo?
Pressentem as minhas fraquezas,
Um casal teimam presenciar a minha vida
Será inveja ou obsessão?

A mulher age como uma víbora,
O homem visto como seu servo,
Eu estou acorrentado em cada lado
Quero ser livre, uma vida sem problemas

Traição converteu para o desprezo,
Uma pessoa dessas ama alguém?
Distância é o meu lema
O diálogo do meu ser é seu tema

João Mendes

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A questão do meu ser

Olhar para o solo,
Pensar no momento,
O meu nome escrito numa lápide,
Sentir numa queda

Razão de estar só,
A falsidade é para fracos,
Vêem me como se eu fosse ignorante,
Mas escrevo para não pensar na insignificância

Dizem que sou arrogante,
Humilho-me todas as noites no meu quarto,
Ser mal-compreendido para mim é um peso
Para um sofrimento profundo,
Escondido atrás de um sorriso

Vejo-me ao espelho,
Acham-me convencido só olho para a minha beleza,
Eu próprio me questiono quando me vejo,
O que eu vim fazer a este mundo?

João Mendes